terça-feira, 4 de novembro de 2014

Sexualidade feminina na terceira idade

Segundo pesquisadora americana Iris Krasnow, professora de Jornalismo e Estudos Femininos, concluiu recentemente que mulheres mais velhas são mais aventureiras e confiantes na sua sexualidade e desfrutam hoje a melhor atividade sexual de suas vidas. Ela afirma que “a chave para a satisfação sexual está na conexão emocional entre os parceiros, algo comum em casais mais experientes”.

Sabemos que o crescimento da população idosa, especificamente das mulheres, por ter uma maior longevidade que os homens, vêm aumentando gradativamente, e com ela, o aumento da expectativa de vida a partir de remédios; mais vigor; mais exercícios físicos; melhor dieta e saúde; mais informações e instruções através dos meios de comunicação, o que resulta numa população de terceira idade mais sexual e saudável do que antes.

Considerando o ponto de vista da pesquisadora, a sexualidade não está relacionada apenas ao coito e não se limita à presença ou não do orgasmo, mas está relacionada ao fator sentimental, contato e intimidade, e se expressa na forma de sentir, nos movimentos das pessoas e como estas tocam e são tocadas.

A atividade sexual se manifesta no indivíduo do nascimento até a velhice, porém, de formas diferentes ao longo de sua vida, e está associada a uma série de benefícios emocionais como a diminuição dos níveis de depressão, aumento do bem estar, qualidade de vida e autoestima.

Para a pesquisadora, é um mito dizer que “as mudanças fisiológicas, como a menopausa, cirurgia de câncer ou histerectomia (retirada do útero), não permitem o desenvolvimento da atividade sexual saudável”.

A perda da fertilidade não pode ser confundida com a perda da sexualidade. O que acontece nessa fase diz respeito às mudanças dos órgãos de reprodução, a sexualidade é a capacidade de experimentar prazer sexual, são atributos que dura a vida toda. As mulheres podem descobrir nessa fase uma nova liberdade, conduzir a prática sexual mais livremente, sem correr o risco de uma gravidez indesejada.

O componente emocional relacionado às doenças, ao uso de medicamentos e às intervenções cirúrgicas pode exercer alguma influência sobre a sexualidade, porém, essas questões podem ser minimizadas se os idosos puderem obter esclarecimentos sobre seus preconceitos e falar a respeito de seus temores. Na maioria dos casos, quando a dimensão emocional ficar estabelecida de forma satisfatória, também o nível de interesse e a atividade sexual voltarão a ficar normais.

Sabemos que com o passar dos anos o sexo adquire características diferentes. O casal que levou uma vida cheia de rancores, mal entendidos e conflitos, é lógico que, quando idosos, terão pouca disposição para um contato tão íntimo quanto o sexual, porque mal toleram conviver no dia a dia. Por outro lado, o casal que teve uma vida de aproximação, cumplicidade e companheirismo, nessa etapa, o sexo permanece como que coroando o relacionamento.


A vida sexual não deveria terminar nunca. Ela deveria continuar existindo enquanto houvesse vida, com as características próprias de cada fase, como acontece com as outras funções vitais. Quando ficamos mais velhos, não conseguimos comer o que os jovens comem, nem fazer sexo da mesma forma, mas é fundamental que a sexualidade não desapareça. Quando falo fundamental, é porque sexo é sinal de vida, de interesse e de saúde. Se o desempenho está bom, a saúde está boa. Se não mais existe o desejo, é sinal de que algo não está bem e, portanto, é importante procurar ajuda médica e ou psicológica para fazer uma avaliação do estado físico e emocional da pessoa.

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