Segundo pesquisadora americana Iris
Krasnow, professora de Jornalismo e Estudos Femininos, concluiu recentemente
que mulheres mais velhas são mais aventureiras e confiantes na sua sexualidade
e desfrutam hoje a melhor atividade sexual de suas vidas. Ela afirma que “a
chave para a satisfação sexual está na conexão emocional entre os parceiros,
algo comum em casais mais experientes”.
Sabemos que o crescimento da população
idosa, especificamente das mulheres, por ter uma maior longevidade que os
homens, vêm aumentando gradativamente, e com ela, o aumento da expectativa de
vida a partir de remédios; mais vigor; mais exercícios físicos; melhor dieta e
saúde; mais informações e instruções através dos meios de comunicação, o que
resulta numa população de terceira idade mais sexual e saudável do que antes.
Considerando o ponto de vista da
pesquisadora, a sexualidade não está relacionada apenas ao coito e não se
limita à presença ou não do orgasmo, mas está relacionada ao fator sentimental,
contato e intimidade, e se expressa na forma de sentir, nos movimentos das
pessoas e como estas tocam e são tocadas.
A atividade sexual se manifesta no
indivíduo do nascimento até a velhice, porém, de formas diferentes ao longo de
sua vida, e está associada a uma série de benefícios emocionais como a
diminuição dos níveis de depressão, aumento do bem estar, qualidade de vida e
autoestima.
Para a pesquisadora, é um mito dizer que
“as mudanças fisiológicas, como a menopausa, cirurgia de câncer ou
histerectomia (retirada do útero), não permitem o desenvolvimento da atividade
sexual saudável”.
A perda da fertilidade não pode ser
confundida com a perda da sexualidade. O que acontece nessa fase diz respeito
às mudanças dos órgãos de reprodução, a sexualidade é a capacidade de
experimentar prazer sexual, são atributos que dura a vida toda. As mulheres
podem descobrir nessa fase uma nova liberdade, conduzir a prática sexual mais
livremente, sem correr o risco de uma gravidez indesejada.
O componente emocional relacionado às
doenças, ao uso de medicamentos e às intervenções cirúrgicas pode exercer
alguma influência sobre a sexualidade, porém, essas questões podem ser
minimizadas se os idosos puderem obter esclarecimentos sobre seus preconceitos
e falar a respeito de seus temores. Na maioria dos casos, quando a dimensão
emocional ficar estabelecida de forma satisfatória, também o nível de interesse
e a atividade sexual voltarão a ficar normais.
Sabemos que com o passar dos anos o sexo
adquire características diferentes. O casal que levou uma vida cheia de
rancores, mal entendidos e conflitos, é lógico que, quando idosos, terão pouca
disposição para um contato tão íntimo quanto o sexual, porque mal toleram
conviver no dia a dia. Por outro lado, o casal que teve uma vida de
aproximação, cumplicidade e companheirismo, nessa etapa, o sexo permanece como
que coroando o relacionamento.
A vida sexual não deveria terminar nunca.
Ela deveria continuar existindo enquanto houvesse vida, com as características
próprias de cada fase, como acontece com as outras funções vitais. Quando
ficamos mais velhos, não conseguimos comer o que os jovens comem, nem fazer
sexo da mesma forma, mas é fundamental que a sexualidade não desapareça. Quando
falo fundamental, é porque sexo é sinal de vida, de interesse e de saúde. Se o
desempenho está bom, a saúde está boa. Se não mais existe o desejo, é sinal de
que algo não está bem e, portanto, é importante procurar ajuda médica e ou
psicológica para fazer uma avaliação do estado físico e emocional da pessoa.
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