Regressão de memória


     Existem conteúdos dentro de nós que de alguma forma não são totalmente conscientes e que nos mantém em comportamentos automáticos, às vezes irracionais, que trazem desconforto na vida cotidiana.   

     A Regressão de Memória é uma técnica psicoterapêutica complementar que permite acessar o inconsciente através de um relaxamento profundo, conduzido, em que a pessoa entra em estado de consciência alterado, possibilitando relembrar e vivenciar fatos ocorridos no seu passado e que estão atrapalhando sua vida no presente. Estes fatos passados podem ter ocorrido há um mês, um ano, dez anos, no nascimento, no útero, ou, supostamente, numa vida passada.

     A Regressão não está ligada a nenhum tipo de religião ou crença. Para que ela funcione basta que haja aceitação do procedimento e que a pessoa se permita acessar essas informações, estando aberta para as respostas que surgirem em sua mente, deixando a parte racional, os julgamentos e o ceticismo de lado.

     A técnica de Regressão é segura e não há perigo da pessoa “ficar no passado”, já que ela não viaja no tempo e sim, suas memórias vêm à tona. O relaxamento profundo não oferece risco porque a pessoa fica consciente o tempo todo, com o controle da situação.

     Podemos dizer que a Regressão de Memória é considerada uma terapia mais rápida do que as convencionais – em poucas sessões a pessoa atinge seus objetivos. Não existe nada de sobrenatural nem milagroso. Há apenas o desbloqueio e a integração emocional, que aliado à vontade de resolver seus problemas, atua para abrirem certas áreas que estavam bloqueadas ou desequilibradas.

     Essa técnica nos permite um autoconhecimento para compreender melhor quem somos e as nossas atitudes perante a vida, e assim mudarmos para melhor. O relacionamento com as outras pessoas melhora porque também passamos a compreendê-las como são. A vida começa a fazer sentido e todas as oportunidades se abrem a partir de uma nova consciência.
                 

                                          
                                 

     A Terapia Regressiva é um dos recursos utilizados através da Regressão de Memória com a finalidade de voltar a um tempo anterior, qualquer que seja esse tempo, e trazer para a consciência, lembranças e suas respectivas cargas emocionais, que influenciam negativamente na vida atual, e que é, provavelmente, a fonte dos sintomas.

     É um recurso que favorece recordar e vivenciar fatos “traumáticos”, esgotar a tensão desse núcleo e dar um novo significado a ele. O trauma significa ferida, a dor emocional que faz doer e ter reações diversas. A Terapia Regressiva permite que a pessoa higienize sua ferida e cuide dela com os próprios recursos internos.

      Normalmente é indicada para tratamento de problemas psicossomáticos e pode trazer resultados eficazes em diversos casos, tais como: 


  •     Sensação de “Deja-vù” (sensação de já ter vivenciado uma situação antes)
  •     Doenças crônicas sem diagnóstico médico;
  •          Distúrbios do sono: insônia, excesso de sono;
  •          Distúrbios alimentares: bulimia, anorexia;
  •          Compulsões (por comida, bebida, etc.);
  •          Pesadelos frequentes;
  •          Dificuldades ou bloqueios com relação à sexualidade;
  •          Medos conscientes e inconscientes, fobias, pânico;
  •          Inibições, insegurança, timidez;
  •        Traumas e bloqueios (conscientes ou não);
  •          Culpa;
  •          Vícios;
  •          Manias;
  •          Ansiedade;
  •          Angústia;
  •          Depressão;
  •          Apatia;
  •          Ciúmes e desconfiança;
  •          Problemas de relacionamento familiar;
  •          Dificuldades de relacionamento interpessoais;
  •          Dificuldades de falar em público;
  •          Carência afetiva, medo da solidão, rejeição e do abandono;
  •          Agressividade, perda de controle;
  •          Dentre outros.

     É importante lembrar que essa técnica de trabalho só deve ser utilizada quando necessário e com o objetivo exclusivo de tratamento.

     A terapia regressiva é contra indicada para gestantes e pacientes com psicopatologias graves como psicose e psicopatia. Jamais se utiliza em casos de rebaixamento de humor; depressão grave; quando debilitado fisicamente, com baixa resistência imunológica ou com algum tipo de processo físico descompensado, por exemplo, diabetes ou pressão arterial.
                                                    

     

     A Terapia Transpessoal é um percurso de descoberta da imensidão adormecida da alma. O inconsciente carrega padrões, cargas e emoções que se manifestam na forma de estar, sentir e agir. Somos um produto de anos de vivências e experiências, muitas vezes condicionadoras. Nesta terapia, acendemos o inconsciente de forma segura e tranquila e trabalhamos as vivências que perturbam e impede o pleno bem estar. Podemos regredir para uma suposta vida passada, vida intrauterina, para o momento do parto, para a infância ou para qualquer outro momento ou imagem traumática registrada na psique.

     Dentro do enfoque transpessoal, acredita-se que os conteúdos que se manifestam por meio da regressão de memória não devem ser relacionados com vidas passadas. O importante é compreender que os conteúdos inconscientes que podem emergir a partir de uma técnica regressiva são uma expressão rica em simbolismos psíquicos (lembrando que o inconsciente é atemporal), e, portanto, devem ser explorados e ampliados, com a única finalidade de auxílio ao processo terapêutico e da evolução e crescimento. Em função disto, muitos profissionais têm adotado o termo Terapia de Vidas Passadas.

     Não é necessário acreditar em vidas passadas, isso não interfere no processo terapêutico. A pessoa sob estado de transe, será sempre guiada por seu subconsciente, que o levará de forma segura apenas aos eventos que são importantes para a sua cura. Uma vez atingindo a sua meta, não há necessidade de se especular sobre a existência ou não do fato, desde que a cura seja obtida de forma segura, equilibrada e coerente.

     Entretanto, esse procedimento pode não só melhorar os problemas físicos como curar cicatrizes emocionais. Quando as razões reais são vistas e vivenciadas, entendidas e resolvidas, os sintomas desaparecem, as doenças cedem, o estilhaço é removido e a dor se vai. O drama recorrente finalmente se encerra, e a doença chega ao fim.



    “Não é o terapeuta que faz o paciente “regredir”, é a pessoa que se permite, o terapeuta é apenas um facilitador”.
Autor desconhecido

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