terça-feira, 4 de novembro de 2014

A importância da vacina em idosos

O principal objetivo do profissional de saúde que atende o indivíduo idoso deve ser a promoção do envelhecimento bem sucedido, ou seja, um envelhecimento associado ao baixo risco de doenças e/ou incapacidades funcionais a elas relacionadas, assegurando, dessa maneira, o melhor bem estar possível.

A vacina é uma das medidas mais importantes de prevenção contra essas doenças. Ela não protege apenas aqueles que a receberam, mas também, ajuda a comunidade como um todo. Quanto mais pessoas ficarem protegidas, menor é a chance de qualquer uma delas – vacinadas ou não – ficarem doentes.

A vacina não é uma ação exclusiva da pediatria. Jovens, adultos e especialmente pessoas mais velhas precisam estar em dia com o programa de vacinação. Na terceira idade o organismo pode apresentar dificuldades em se defender. Além disso, há doenças que ocorrem com mais frequência nessa faixa etária, tornando esses indivíduos mais propensos a infecções, que tendem a evoluir de forma mais grave e causar complicações, uma vez que, o sistema imunológico já está naturalmente mais fraco.    

Atualmente, para pessoas acima de 60 anos, recomenda-se a vacina contra tétano, pneumonia e gripe.

A vacina contra tétano, certamente, as pessoas nessa faixa etária não foram vacinadas. Entretanto, elas devem seguir o esquema básico de vacinação, ou, se já foram vacinadas, fazer o reforço a cada dez anos. É bom pensar que esse pode ser um momento de risco para os idosos. Eles se aposentam e começam a dedicar-se a algumas tarefas que lhes dão prazer como, a jardinagem, por exemplo. Cuidando de uma roseira, correm o risco de contrair a doença, caso machuque as mãos sujas de terra nos espinhos ou nas ferramentas de jardim.

A pneumonia em pessoas acima dos 75, 80 anos, é uma das primeiras causas de mortalidade. A vacina pode até falhar como prevenção da pneumonia, mas tem importante ação redutora do risco de disseminação dessa bactéria no corpo do doente. Mesmo quando falha, reduz muito o risco de que a bactéria saia do pulmão, caia no sangue e circule pelo corpo inteiro da pessoa, aumentando consideravelmente a probabilidade de morte. Essa vacina é uma dose única que deve ser reforçada de cinco em cinco anos.

A gripe é causada pelo vírus da influenza e nada tem a ver com o resfriado comum. Trata-se de uma doença séria e de maior porte e intensidade, com risco de complicações e, eventualmente, de morte, que se caracteriza por inflamação nasal com coriza, tosse, dor de cabeça, febre, fraqueza, calafrio, dores musculares e mal estar geral e que pode gerar complicações como infecções respiratórias agudas. Sua recuperação é lenta podendo evoluir para pneumonia.

A vacina contra a gripe não protege contra resfriado comum e também pode falhar. Na pessoa idosa falha mais do que no jovem adulto, porém, reduz em um terço a necessidade de hospitalização e, em 50% o risco de morte, ou seja, a doença vem mais atenuada, menos intensa. A proteção da vacina da gripe é maior nos primeiros seis meses. Sua eficácia decresce progressivamente e, ao cabo de um ano, praticamente perdeu seu efeito. Essa é uma das razões que justificam sua renovação anual.

Apesar da proteção da vacina, todo cuidado é pouco. A adoção de hábitos saudáveis e de higiene pessoal é a melhor forma de prevenção contra todas as transmissões virais em geral. Lavar as mãos com água e sabão, cobrir o nariz e a boca ao espirrar, não compartilhar utensílios de uso pessoal e manter portas e janelas abertas para circulação do ar, você estará dificultando a proliferação do vírus.

As complicações são pouco frequentes. Estatisticamente a taxa de reação está por volta de 1 a 2%. O mais comum são reações tranquilas, um pouco de dor muscular, pequena prostração, raramente febre. Em um ou dois dias esses sintomas desaparecem.

A vacina não é recomendada para quem tem alergia à proteína do ovo, isto é, entre aqueles que já apresentaram forte reação alérgica pelo menos duas horas depois de comer ovo. Esse tipo de alergia é bastante raro. A vacina também é contra indicada a quem já teve reações adversas a doses anteriores a um dos seus componentes. Nesta situação recomenda-se passar por avaliação médica para saber se pode ou não tomar a vacina.


Portanto, a vacina além de prevenir e enfraquecer as doenças diminui o número de internações hospitalares, diminui os custos com medicações, melhora a qualidade de vida e proporciona um envelhecer com menos transtornos.

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