A sexualidade é parte integrante da personalidade de cada ser humano. Seu completo desenvolvimento depende da satisfação de necessidades humanas básicas tais como: desejo de contato, intimidade, expressão emocional, prazer, ternura e amor.
Embora estejamos vivendo numa época considerada como de maior liberdade sexual em relação à época em que a geração atual de idosos fora educado, muitas vezes não nos sentimos confortáveis ao discutir sobre sexo, especialmente sobre sexo na velhice. Provavelmente isto se deve a ansiedades, a preconceitos e ao desconhecimento relacionados com a nossa própria sexualidade e o nosso próprio processo de envelhecimento.
A fisiologia sexual masculina se altera com o passar dos anos, é um processo natural do envelhecimento. Muitos idosos deixam de ter relações e se tornam impotentes porque, não compreendendo as mudanças fisiológicas ligadas ao processo de envelhecimento, interpretam-nas como sendo sintomas de impotência. Com sua autoestima baixa, ficam receosos de não conseguir uma ereção e acabam evitando ter relações para não serem confrontados com a frustração.
As mulheres também percebem as alterações sexuais advindas da idade, embora com menos impacto no exercício sexual. É a partir da menopausa e das consequentes modificações hormonais que elas sentem, às vezes, aparecer os primeiros problemas sexuais. Muitas delas vivenciam essa etapa como um período de libertação, serenidade e estabilidade, desfrutando perfeitamente de suas relações sexuais.
Há um conceito social a respeito da menopausa de que a mulher, quando alcança esse período, perde o interesse e o prazer pelo sexo. Este mito e alimentado pela desinformação, pelo "preconceito machista da mulher na sociedade".
A perda da fertilidade não pode ser confundida com a perda da sexualidade. O que acontece nessa fase diz respeito às mudanças dos órgãos de reprodução; a sexualidade é a capacidade de experimentar prazer sexual, são atributos que duram a vida toda. As mulheres podem descobrir nessa fase uma nova liberdade, conduzir a prática sexual mais livremente, sem correr o risco de uma gravidez indesejada, mas, com segurança para evitar doenças sexualmente transmissíveis.
O componente emocional relacionado às doenças, ao uso de medicamentos e às intervenções cirúrgicas pode exercer alguma influência sobre a sexualidade, porém, essas questões podem ser minimizadas se os idosos puderem obter esclarecimentos sobre seus preconceitos e falar a respeito de seus temores. Na maioria dos casos, quando a dimensão emocional ficar estabelecida de forma satisfatória, também o nível de interesse e a atividade sexual voltarão a ficar normais.
Sabemos da importância da sexualidade em nossas vidas, não importa a idade. Em décadas passadas, o exercício da sexualidade era dificultado em termos de realização do ato sexual, havia, contudo, o encantamento da conquista que hoje podemos chamar de movimento erótico, que nada mais é que a sensualidade que envolve o olhar, o toque, o mistério, a música, enfim, o exercício do encontro amoroso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário