quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Envelhecer com qualidade

     Sabemos que o Brasil é um dos países em desenvolvimento onde o envelhecimento da população está acontecendo com maior rapidez. A cada ano, mais de 650 mil pessoas tornam-se idosas. A previsão é de que essa população atingirá cerca de 32 milhões em 2025, o que colocará o país em sexto lugar no mundo.

     Essa realidade nos leva a refletir o que têm que ser feito para melhorar a qualidade de vida dos idosos, particularmente os de baixa renda para que eles possam escolher novos estilos de vida, ou melhor, para que eles tenham condições de realizar suas escolhas.

     Em primeiro lugar, é importante pensar no cuidado com a própria saúde adotando estilos de vida saudáveis. Muitos acreditam ser tarde demais para realizar mudanças. Pelo contrário, o envolvimento em atividades físicas adequadas como: caminhada, lazer, alimentação saudável, ausência do fumo e do álcool e fazer uso de medicamentos de forma correta e com orientação médica, podem prevenir doenças, estender a longevidade e aumentar a qualidade de vida.

     Não podemos esquecer da realidade financeira dos idosos de baixa renda. Eles possuem, muitas vezes, apenas a aposentadoria e vivem com dificuldades financeiras sem acesso ao lazer. Normalmente têm gastos com medicamentos, tratamentos, alimentação, aumentando o consumo de suas rendas, fazendo com que busquem trabalhos informais como vendas e/ou serviços braçais. O tempo livre também é outro problema, muitas pessoas acreditam que os idosos os têm de sobra, mas esta realidade não abrange a todos; essas pessoas em sua grande maioria, possuem algumas obrigações familiares que limitam o tempo que poderia sr destinado aos cuidados próprios.     

     Considerando-se um envelhecimento saudável, antes de tudo, é necessário reduzir os fatores de risco associados às doenças crônicas degenerativas, dentre elas, diabetes; hipertensão arterial; doenças cardiovasculares; osteoporose; doenças pulmonares, etc., e aumentar os fatores que protegem a saúde durante a vida; desenvolver serviços sociais e de saúde de alta qualidade; reconhecer e permitir a participação ativa de pessoas idosas nas atividades de desenvolvimento econômico, no trabalho formal e informal e nas atividades voluntárias de acordo com suas necessidades individuais, com suas preferências e capacidades, e incentivar a participação integral dessa população na vida familiar e comunitária.

     Portanto, cabe ao estado e à sociedade controlar os gastos com a saúde, investir na educação e agir positivamente no papel da família. Nós especialistas, devemos ajudar a sociedade na quebra de preconceitos, na criação de novos conceitos, dar apoio e incentivo através dos familiares e amigos e encorajar atitudes de que são capazes. Podemos também auxiliá-los na conscientização de sua responsabilidade pelo seu próprio envelhecimento e a importância de lutarem por um espaço na sociedade.

2 comentários:

Anônimo disse...

Nossa.. Achei muito legal o post! Realmente o Estado deveria preocupar mais com os idosos, dando mais oportunidade de lazer, tratamentos, à aqueles que não tem!
Parabéns Elzimar!
Bjos
Rafa

Anônimo disse...

concordo com o que foi dito pela Rafaela!!